terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mulheres e o Consumismo. Necessário,ou desnecessário? Como vc é?

Sim, é certo, e cientificamente comprovado.Mulheres compram por fatores emocionais.



Suas armas são os cartões de créditos. Seu paraíso, as lojas. Alguns chegam a atingir o nirvana quando vêem as palavras "sale" e "promoção" em destaque naquela roupa de grife ou naquele tênis importado. São os consumistas compulsivos. Provavelmente você deve conhecer um - enrustido ou assumido. Entre as mulheres, o comportamento é ainda mais comum. Segundo a pesquisa "O Consumidor do Século XXI", divulgada nesta terça-feira pelo Ibope Mídia, 21% das brasileiras vão às compras para se sentirem mais calmas e felizes. O levantamento ouviu 3.400 pessoas em 11 regiões metropolitanas do Brasil e concluiu que a população gasta, em média, 15% da renda familiar com compras pessoais - principalmente roupas, no caso das mulheres.

São pessoas que não conseguem controlar seus impulsos diante de uma vitrine, como a estudante de publicidade Mariana Figueira, de 21 anos: "Ir às compras é meu hobby preferido. Como chocolate engorda, controlo a minha ansiedade passeando nos shoppings. Alguns me chamam de patricinha, mas não concordo. Aproveito quando as lojas estão com descontos e gosto de presentear minhas amigas também", confessa ela, que já chegou a gastar R$ 800 no shopping em um fim-de-semana. "Sou viciada em bolsas e sapatos. Se não compro um por semana, não fico feliz. Acho que herdei isso da minha mãe, que sempre foi meio perua", brinca a estudante. Mas a alegria que muitas sentem ao sair do shopping cheias de sacolas pode ser apenas uma ilusão...


“Em todas as minhas conversas eu falava sobre dinheiro. Chorava e não conseguia dormir por causa do endividamento. Foi aí que percebi que estava doente e precisava de ajuda”


A compulsão por comprar tem um nome: oneomania. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 1% da humanidade sofre desta doença. No Brasil, pesquisas da Universidade de São Paulo (USP) mostram que os oneomaníacos chegam a 3% da população e quem mais tende a manifestar a compulsão são as mulheres, os jovens e, recentemente, os internautas. Um traço comum aos oneomaníacos é o impulso desenfreado de obter determinado item, independentemente da sua utilidade ou necessidade real. "É como uma droga. A adrenalina, a ansiedade... Você vê uma coisa na loja e pensa 'tenho que ter aquilo, tenho que ter aquilo'. E com a mesma rapidez que essa vontade de comprar vem, ela se vai. Depois de comprado, o objeto perde totalmente o valor", explica Erika*, onemaníaca em recuperação.

Para Neda Matos, psicanalista da Sociedade de Psicanálise da Cidade do Rio de Janeiro, aqueles que consomem por impulso o fazem para "tamponar um vazio": "Pode ser a falta de algo que foi perdido, da perda de alguém, e até de uma dificuldade por não saber que caminho tomar. Em outras palavras, a impossibilidade de não se permitir sofrer", esclarece. "Na sociedade contemporânea, o que se verifica é uma ânsia em ter para ser. Ter uma roupa de grife significa, por exemplo, ser rico, ter status. É como se a pessoa só existisse a partir de um objeto; objeto este ditado pela mídia", completa a psicanalista, que lembra, ainda, que transtornos deste tipo geralmente levam as pessoas a sentimentos de frustração, tédio, solidão e depressão.



Lutando contra o vício

Erika já sofreu muito com a compulsão por gastar. Não conseguia ficar sem comprar roupas e acessórios, para si mesma ou para outras pessoas. "Perto do Natal, então, eu achava que era obrigação dar presente para todo mundo. Para a sociedade, é lícito comprar, e por isso fica difícil admitir o exagero. Os oneomaníacos gastam para se compensarem ou para comprarem o afeto do outro. Tentam suprir uma necessidade emocional, preencher um vazio que não acaba", afirma. Erika chegou a adquirir dívidas de até 30 mil reais, sendo perseguida por credores e chamada de "sem-vergonha". "Em todas as minhas conversas eu falava sobre dinheiro. Chorava e não conseguia dormir por causa do endividamento. Foi aí que percebi que estava doente e precisava de ajuda", conta ela, que há três anos faz terapia e há dois participa dos encontros com os Devedores Anônimos.
O Devedores Anônimos (DA) é um grupo de apoio e ajuda a pessoas oneomaníacas inspirado nos Alcóolicos Anônimos (AA). Ele existe no Brasil desde 1997 e tem participantes nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Ceará. Nas reuniões semanais, os DA trocam experiências e têm acesso a apostilas e literatura em geral sobre a doença. O grupo segue doze tradições, doze passos e doze promessas, baseados no programa de recuperação dos AA e de outras irmandades anônimas. As informações, inclusive sobre os passos e tradições, estão disponíveis no site. "O programa parte do princípio do espelhamento - você ouve a história do outro, compreende e se identifica. A literatura serve para entender o que está acontecendo e aprender a se controlar. E até hoje eu faço os exercícios diários", afirma Erika, referindo-se à prática de anotar em um caderno todos os gastos do dia: "Tem que botar tudo no papel, cada coisinha que comprar, mesmo que custe centavos. Isso ajuda a pessoa a saber o que é gasto desnecessário, o que pode ser cortado etc. É difícil no início, mas vale a pena", diz.


“Deve haver um planejamento sobre o que realmente é necessário comprar. Dá para aproveitar roupas que estão no armário antes de pensar em gastar com novas. Aquelas mais antigas podem ser doadas”


Ter controle vale muito

Para quem sofre com a doença, organização financeira é fundamental. Saber o quanto se ganha e o quanto se gasta, anotar os custos e fazer planilhas são atitudes que devem ser adotadas pelos oneomaníacos que querem sair das dívidas - e não voltarem mais a elas. André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, indica que o primeiro passo para controlar as finanças é conhecer o orçamento doméstico: "A pessoa precisa saber quanto custa para se manter. Para começar, é bom gerenciar os gastos com os custos fixos, ou seja, despesas que têm que ser pagas, como luz, aluguel, telefone etc. Muita gente abusa do celular desnecessariamente ou desperdiça energia elétrica deixando lâmpadas acesas - tudo isso influi", afirma.

As despesas pessoais, com vestuário, por exemplo, podem ser reduzidas mais drasticamente por serem menos importantes, mas também são mais sedutoras: "Deve haver um planejamento sobre o que realmente é necessário comprar. Dá para aproveitar roupas que estão no armário antes de pensar em gastar com novas. Aquelas mais antigas podem ser doadas", recomenda André, enfatizando que viver de acordo com o que se ganha é a melhor maneira de viver bem. Ao comprar bens maiores, como carro, casa e reformas, o planejamento deve ser ainda mais cuidadoso: "Pesquisar preços e juntar dinheiro é o melhor a se fazer sempre. Fugir do financiamento também, pois constitui-se num gasto que vigorará por muito tempo. Além disso, é bom ter em mente o fator imprevisto. Reservar no mínimo 30% do salário garante tranqüilidade no caso de emergências e evita as dívidas", explica ele.

Os cartões de crédito e o cheque especial são um perigo em potencial, assim como os empréstimos - de acordo com a pesquisa do Ibope Mídia, 11% dos consumidores já recorreram a eles no último ano. Não faltam bancos que oferecem vantagens e mais vantagens nestas formas de pagamento - lucrativas para eles, mas que podem virar um problema na vida de muitos consumidores. "Esses tipos de cartões e cheques criam uma 'ilusão monetária': você acha que o dinheiro é seu, mas não é", diz o economista. Para os que já se endividaram, André sugere que o uso do cartão seja imediatamente interrompido, pois as dívidas tendem a virar uma bola de neve. "Uma boa dica é negociar junto à empresa ou banco o pagamento dos juros, tentando dividi-los de forma que caibam no seu orçamento. Outra opção é o crédito consignado, uma linha de crédito pessoal com desconto na folha de pagamento que oferece taxas reduzidas", conclui.

* O nome foi alterado a pedido da entrevistada.(bolsademulher)

Outro post que achei bom foi esse :

Mulheres consumistas: Prazer ou heroísmo?

A cada dia cresce o número exorbitante de mulheres que consomem sem destino algum, apenas querem reverter o quadro da culpa e isso cresce assustadoramente como uma bola de neve!
Mulheres buscam nos gastos o desestress do dia-a-dia para continuar no mercado arrochado do trabalho que temos hoje, assim se sentem vingadas pela opressão e submissão que têm que seguir.Mas na verdade enganam-se pelo fator "poder", o chefe manda, o marido manda, os filhos ordenam e elas ficam encadeadas pelas ordens e seguem à risca todos os mandamentos, ficando presas em uma cadeia de poder machista.
Por exemplo: temos a mais nova anti-heroína do estilo, a viciada em compras Becky Bloomwood,novo lancamento nos cinemas, com uma bolha de crédito estourada em seu rosto feito uma bola de chiclete cor-de-rosa.
E como somos seres emotivamente criados, ela com todo o seu poder de liderança lança sua “ fúria” humana, nas benditas compras, acarretando dívidas a mais no orçamento do mês e depois reclamações na hora do pagamento. Mulheres são seres emotivamente criados pelo superior, são mães e geram o mundo, já pensou o mundo sem o ser mulher?
E em decorrência de todos esses acontecimentos de transformação da mulher, desde os tempos das cavernas, até hoje, diga-se de passagem a mulher é um “super-herói” dos tempos modernos, pois a mesma é mãe, companheira, conselheira, amiga, irmã, governanta e diretora da família.
E assim seguem mulheres relaxando o seu mundo estressante através das compras, que às vezes, tem um preço muito elevado no orçamento mensal, mas o importante é viver de bem com a vida!
Viva!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!(Imagens google#mistureasideias)


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